Leishmaniose: VE alerta para cuidados com limpeza dos quintais e saúde dos cães
Alguns donos de animais infectados com a doença resistem em entregá-los para eutanásia, correndo risco de também se contaminar
A Vigilância Epidemiológica alerta a população para ficar atenta quanto a limpeza dos quintais e a saúde dos cães de estimação, devido à leishmaniose.
A leishmaniose é uma doença causada por parasitas do gênero Leishmania, que são transmitidos por insetos vetores ou transmissores, conhecidos como flebotomíneos. A transmissão da doença ocorre quando uma fêmea infectada passa o protozoário a uma vítima, enquanto se alimenta de seu sangue. O mosquito-palha é um exemplo de flebotomíneo que pode transmitir a doença. A leishmaniose não é transmitida diretamente de pessoa para pessoa. Existem dois tipos principais de leishmaniose: a forma cutânea e a forma visceral. A forma cutânea é caracterizada pela presença de uma úlcera indolor, nas partes expostas do corpo, com formato arredondado ou ovalado, de tamanho variável (desde milímetros até alguns centímetros) e bordas elevadas. O período de incubação (tempo decorrido entre a picada do inseto e o aparecimento de sintomas) é em torno de 2 a 3 meses, mas pode variar de 2 semanas a dois anos. Já a forma visceral é mais grave e pode afetar órgãos internos como o fígado, baço e medula óssea. Os sintomas incluem febre prolongada, perda de peso, anemia e aumento do baço e fígado.
Em Dracena, do início do ano até a semana que passou foram registrados pela VE oito casos de leishmaniose em humanos, sendo sete casos visceral e um tegumetar, e um óbito.
Com relação ao número de cães acometidos pela doença de janeiro a julho, foi um total de 304 animais positivados, desses 251 foram eutanasiados.
A chefe de comunicação da Vigilância Amanda Barbosa, comentou que alguns casos, mesmo o animal estando contaminado, o proprietário prefere ficar com o animal doente ao invés de encaminhar para o CCZ e fazer a eutanásia. O animal quando contaminado com a doença, não há cura.