Tio e sobrinho são multados em R$ 36 mil por manterem 25 aves silvestres em cativeiro, em Presidente Prudente
Dois homens, de 61 e 62 anos, foram multados, na quarta-feira (19), em R$ 36 mil por manterem 25 aves silvestres em cativeiro no Parque Alexandrina, em Presidente Prudente (SP).
De acordo com as informações divulgadas pela Polícia Militar Ambiental nesta quinta-feira (20), realizava um patrulhamento pelo bairro e ao passar pela residência de um homem que havia a suspeita de criar pássaros nativos de forma clandestina, uma equipe percebeu que, na área externa da casa, havia duas gaiolas penduradas que mantinham em cativeiro duas coleirinhas-papa-capim.
Ao chegarem ao local, os policiais foram recebidos por um dos homens, de 62 anos, que disse ser tio do envolvido e que o sobrinho havia saído para caçar passarinhos.
Segundo os policiais, na vistoria realizada pelo quintal, foram encontradas 25 aves nativas em cativeiro, sendo:
- 13 coleirinhas-papa-capim;
- 7 bigodinhos;
- 3 coleiras-do-brejo;
- 1 curió; e
- um caboclinho, considerado uma espécie em extinção.
Ainda conforme os militares, algumas aves estavam em gaiolas e outras dentro de um viveiro localizado em um quartinho nos fundos da residência, todas sendo mantidas em cativeiro de forma clandestina, sem autorização do órgão ambiental competente.
Fuga
Durante a vistoria, o envolvido, de 61 anos, apareceu no portão de entrada da residência empurrando uma bicicleta e, na garupa, tinha uma caixa plástica tampada com um pano.
Ao abrir o portão perceber a presença dos policiais, a equipe relatou que ele subiu novamente na bicicleta para fugir.
Ele foi perseguido pelos policiais, mas, em um dado momento, largou a bicicleta no chão e fugiu a pé, não sendo possível o localizar.
Segundo os militares, na caixa caixa plástica amarrada na garupa da bicicleta foi localizada uma gaiola batedeira (petrecho de caça) e uma caixa de transporte contendo aves que haviam sido capturadas em uma mata próximo ao bairro, sendo:
- 2 coleirinhas-papa-capim; e
- 2 bigodinhos.
Diante dos fatos, foram lavrados três autos de infração ambiental, sendo que o suspeito, de 61 anos, recebeu:
- um no valor de R$ 2 mil por apanhar espécies silvestres nativas sem autorização do órgão ambiental competente; e
- outro no valor de R$ 17 mil por ter em cativeiro espécies silvestres nativas.
Já o tio, de 62 anos, recebeu um auto no valor de R$ 17 mil por ter em cativeiro espécies silvestres nativas.
As aves foram apreendidas e soltas no habitat natural.
Já as gaiolas e demais petrechos de caça foram destruídos.
Segundo a Polícia Ambiental, ao todo, as multas chegaram a R$ 36 mil e os envolvidos ainda responderão criminalmente.