Grupo de Vigilância Epidemiológica de Presidente Prudente registra primeiro caso suspeito de monkeypox em 2024

Grupo de Vigilância Epidemiológica de Presidente Prudente registra primeiro caso suspeito de monkeypox em 2024

O Grupo de Vigilância Epidemiológica (GVE) da região de Presidente Prudente (SP) registrou o primeiro caso suspeito de monkeypox em 2024.

O dado foi publicado no painel de monitoramento dos casos de monkeypox.

Conforme o GVE, o caso suspeito é de um morador de Presidente Prudente, um homem, de 22 anos, que recebeu os primeiros atendimentos médicos e aguarda os resultados.

Ao todo, a região do Oeste Paulista possui cinco casos confirmados da doença registrados em 2022. Do total, quatro deles foram confirmados em Presidente Prudente e um em Presidente Bernardes (SP).

Conforme os dados da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, nos primeiros sete meses de 2024 o Estado de São Paulo registrou 315 casos confirmados de Mpox, antiga varíola dos macacos.

De acordo com a pasta, entre janeiro e julho deste ano o número de casos da doença cresceu 257% em relação ao mesmo período de 2023, quando 88 casos da doença foram registrados no estado.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou, nesta semana, a Mpox como emergência em saúde mundial. Com surto epidêmico em cerca de 15 países do continente africano, a versão atual do vírus que está se espalhando não é a mesma do surto mundial ocorrido em 2022.

O que é a monkeypox?

 

É uma zoonose viral: uma doença que foi transmitida aos humanos a partir de um vírus que circula entre animais. Antes do surto de 2022, ocorria principalmente na África Central e Ocidental, sobretudo em regiões perto de florestas, pois os hospedeiros são roedores e macacos.

É causada pelo vírus monkeypox, que pertence à mesma família (poxvírus) e gênero (ortopoxvírus) da varíola humana. A varíola humana, no entanto, foi erradicada do mundo em 1980, e era muito mais letal. A taxa de letalidade histórica da varíola dos macacos, antes do atual surto, era considerada na faixa de 3% a 6%. O primeiro caso foi detectado em humanos em 1970.

As complicações são mais comuns em pacientes com problemas no sistema imunológico. Quadros graves estão relacionados ao surgimento de pneumonia, sepse, encefalite (inflamação do cérebro) e infecção ocular, que pode até levar à cegueira.

Sintomas e transmissão

 

Os sintomas iniciais da monkeypox costumam ser:

  • febre;
  • dor de cabeça;
  • dores musculares;
  • dor nas costas;
  • gânglios (linfonodos) inchados;
  • calafrios;
  • exaustão; e
  • feridas na pele (erupções cutâneas).

 

Dentro de 1 a 3 dias (às vezes mais) após o aparecimento da febre, o paciente desenvolve uma erupção cutânea, geralmente começando no rosto e se espalhando para outras partes do corpo.

As lesões passam por cinco estágios antes de cair, segundo o Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos. A doença geralmente dura de 2 a 4 semanas.

O que é um diferencial indicativo: o desenvolvimento de lesões – lesões na cavidade oral e na pele. Elas começam a se manifestar primeiro na face e vão se disseminando pro tronco, tórax, palma da mão, sola dos pés”, completa Trindade, que é consultora do grupo criado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações para acompanhar os casos de varíola dos macacos.

A varíola dos macacos é transmitida quando alguém tem contato próximo com as lesões de pele, as secreções respiratórias ou os objetos usados por uma pessoa que está infectada.