O segunda apresentação do Brasil na Copa do Mundo, às 13h, contra a Suíça, será um aperitivo da era pós-Neymar. Sem o craque, em recuperação de uma torção no tornozelo, Tite terá a oportunidade de testar para valer os talentos de uma geração em ascensão, reunidos de forma mais coletiva, sem uma referência individual.
Se atraiu a maior atenção na estreia contra a Sérvia e foi o mais caçado em campo, agora Neymar não será mais o parâmetro de talento único, ou a mais importante. Ele será pulverizado, como um enxame de abelhas prontas a aplicar o ferrão na defesa adversária. Enquanto a “rainha” repousa.
A soma da habilidade de Vini Jr, da versatilidade de Paquetá, do faro de gol de Richarlison e da intensidade de Raphinha se transformou em uma atração maior do que a genialidade de um só jogador. Se vencer, a seleção se classifica às oitavas de final, quando Neymar é esperado de volta 100%.
— O Neymar é protagonista do elenco, e a gente conta com ele, porém muitas vezes, em alguns filmes, alguns roubam a cena. Temos atletas que podem ser protagonistas — destacou o auxiliar César Sampaio.
A verdade é que a pergunta sobre a dependência do camisa 10 foi perdendo força ao longo dos seis anos de trabalho da atual comissão técnica. Começou como uma ideia fixa e se transformou em questionamento ocasional. A resposta, apesar de ser a mesma nas coletivas de 2016 para cá, ficará mais clara no jogo contra um adversário difícil. Tite gosta de dizer que, no último terço do campo, é onde a improvisação, o talento individual se sobressai. Isso não falta entre os nove atacantes convocados.
— Acredito que o jogador com talento diferente faz as coisas bem feitas durante oitenta minutos e, em duas ou três oportunidades, faz a diferença. Esse é o talento, a criatividade. Neymar tem essa capacidade — afirmou Tite, para completar em seguida: — Outros jogadores têm e estão surgindo em uma geração que é impressionante. Têm serenidade e calma, daqui a pouco vai aparecer a finta de um lance do Antony, uma assistência do Vini, uma criatividade do Richarlison na hora de finalizar, um cabeceio do Pedro, Eles têm essa capacidade criativa. O Rodrygo corre que parece que tem a bola grudada no pé — enumerou.
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