Rebanho bovino nacional teve aumento de 3,1% em 2021

O rebanho bovino nacional teve aumento de
3,1%, chegando a 224,6
milhões de cabeças em
2021, recorde da série histórica iniciada em 1974. A
estimativa deu continuidade
ao crescimento iniciado em
2019 e foi também o maior
valor já projetado, superando o recorde anterior da
série histórica, de 218,2
milhões em 2016.
Os dados são da
Pesquisa da Pecuária
Municipal (PPM) 2021, divulgada pelo Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística
(IBGE).
Os maiores aumentos
absolutos no efetivo ocorreram nos estados da Bahia
(2 milhões de animais),
do Pará (1,5 milhão) e de
Tocantins (1 milhão).
A China manteve-se na
liderança das importações
de carne bovina brasileira, mesmo com o embargo
imposto ao Brasil de setembro a dezembro, devido a
dois casos atípicos de encefalopatia espongiforme bovina, doença conhecida como
“vaca louca”.
“O destaque estadual se
manteve com o estado de
Mato Grosso, onde foram
estimadas 32,4 milhões de
cabeças – equivalentes a
14,4% do efetivo nacional.
Assim como na edição anterior, em 2021 o segundo
maior efetivo foi estimado
no estado de Goiás (10,8%)
e o terceiro no do Pará –
que passou a ocupar essa
posição a partir da PPM
2020 – e com mais um ano
de aumento atingiu participação de 10,7% no rebanho nacional”, diz o IBGE.
Centro-Oeste
O Centro-Oeste é a principal região em participação
de rebanho bovino, e seus
75,4 milhões de cabeças
equivaleram a 33,6% do
efetivo nacional. O Norte
continua em expansão e
apresentou o maior aumento quantitativo, chegando a
55,7 milhões de animais,
correspondente a 24,8% do
total nacional.
O maior aumento percentual foi no Nordeste
(9,5%), quarto maior rebanho regional, que chegou
a 13,9% do total nacional. Enquanto isso, o Sul,
detentor do menor efetivo regional (10,5%), foi a
única região que apresentou queda, de 1,8%, comportamento de diminuição
de rebanho que vem sendo
observado desde 2017. O
aumento na região Norte
veio principalmente do
Pará e do Tocantins e, no
Nordeste, da Bahia.
Em 2021, São Félix do
Xingu (Pará) mais uma vez
liderou o ranking municipal
de efetivo de bovinos com
rebanho de 2,5 milhões de
cabeças. Corumbá (Mato
Grosso do Sul) continuou
com o segundo maior rebanho, com 1,8 milhão de animais, e Marabá (Pará) manteve a terceira posição com
1,5 milhão de bovinos.
Segundo o IBGE, o efetivo de galináceos teve acréscimo de 3,5%, equivalente
a 52,2 milhões de animais
a mais quando comparado ao ano anterior. Foram
contabilizadas 1,5 bilhão de
cabeças.
O rebanho de suínos
cresceu 3,2% em 2021,
chegando a 42,5 milhões de
animais, recorde da série
histórica. Metade desse
rebanho está na Região Sul.
O município com o maior
rebanho foi, mais uma vez,
Toledo (PR), com 869,2 mil
cabeças.
O valor de produção
dos principais produtos de
origem animal (leite, ovos
de galinha e codorna, mel,
casulos de bicho-da-seda
e lã) chegou a R$ 91,4
bilhões em 2021. O leite
concentrou 74,5% desse
valor. Desde 2017, Santa
Maria de Jetibá (ES) é o
município brasileiro com o
maior valor dessa produção
(R$ 1,4 bilhão)