Um filhote de arara-canindé (Ara ararauna) foi resgatado no Centro de Dracena, na tarde deste domingo (18). Conforme o Corpo de Bombeiros, a ave estava em cima do toldo de um prédio comercial localizado na Avenida Presidente Roosevelt. Ela deve permanecer em observação até esta terça-feira (20).
A corporação foi acionada pelo médico veterinário Tainan Balisca Guerta. Ele relatou que estava passando pela avenida quando viu a ave, que parecia estar “desnorteada e desidratada”, já que fazia calor.
Arara-canindé foi resgatada pelo Corpo de Bombeiros no Centro de Dracena — Foto: Maria Aparecida/Cedida
A arara foi retirada do local pelos bombeiros e levada por Guerta para a clínica veterinária onde trabalha. Lá, a ave recebeu os primeiro cuidados, além de frutas e água.
O veterinário ainda afirmou que acredita que a ave tenha se chocado contra o prédio e caído sobre o toldo. Apesar disso, ela não apresentou fraturas. A arara-canindé segue em observação até esta terça-feira (20), quando Guerta entrará em contato com a Polícia Militar Ambiental para que a ave tenha a destinação correta.
Ele relatou também que a arara-canindé é um filhote de aproximadamente três quilos.
Arara-canindé está em observação em um clínica veterinária — Foto: Carlos Volpi/TV Fronteira
Ameaçada de extinção
A arara-canindé (Ara ararauna), também conhecida como arara-de-barriga-amarela, arara-amarela, arara-azul-e-amarela, araraí e canindé, é uma das mais conhecidas representantes do gênero Ara, sendo uma das espécies emblemáticas do cerrado brasileiro e importante para muitas comunidades indígenas.
Os indivíduos congregam-se frequentemente com outras araras e psitacídeos em barrancos de rios com solos ricos em minerais específicos. Vivem em bandos com até 25 indivíduos e chegam a medir 83 centímetros de comprimento.
Arara-canindé está em observação em um clínica veterinária — Foto: Carlos Volpi/TV Fronteira
Tem uma longa cauda triangular, asas largas, um bico escuro grande e forte e as típicas patas zigodáctilas dos psitacídeos, com dois pares de dedos opostos, o que lhes dá grande destreza para escalar árvores e manipular os alimentos.
A ave que traz na plumária as cores da bandeira do Brasil, a arara-canindé, está ameaçada de extinção.
Arara-canindé foi resgatada pelo Corpo de Bombeiros no Centro de Dracena — Foto: Maria Aparecida/Cedida