Uma pesquisa atualizou o avanço das variantes do coronavírus na região de Presidente Prudente. Conforme o estudo, as amostras confirmaram a circulação de, pelo menos, seis variantes diferentes, sendo quatro a mais do que no mês passado, com base nas análises de janeiro e fevereiro deste ano. O Centro de Vigilância Epidemiológica faz a investigação, com análise de amostras pelo Instituto Adolpho Lutz e por outras instituições.
Os 56 municípios do Oeste Paulista estão divididos entre os Departamentos Regionais de Saúde (DRS) de Presidente Prudente, com 44 cidades, e Marília, com 12.
Segundo o estudo, os resultados são:
DRS de Prudente
- B.1.1.28 (Amazonas): 35,29%,
- P.2 (Rio de Janeiro): 29,41%,
- B.1.1.33 (Brasileira): 35,69%,
- P.1 (Manaus): 15,61%
DRS de Marília
- P.2 (Rio de Janeiro): 58,82%
- B.1.1.28 (Amazonas): 20,59%
- B.1.177.52 (Europeia): 8,82%
- N.9 (nova linhagem): 5,88%
- P.1 (Manaus) 2,94%
- B.1.1.7 (Reino Unido): 2,94%
Em março, no DRS de Prudente e no de Marília, as amostras apontaram que no começo do ano existiam casos de infecção pelas variantes de Manaus e do Rio de Janeiro.
Agora, as amostras do DRS de Prudente revelaram a circulação da variante do Amazonas, do Rio de Janeiro, mais uma variante brasileira e outra de Manaus também.
Os municípios atendidos pelo DRS de Marília, tiveram casos confirmados de infecção por um maior número de variantes, sendo elas do Rio de Janeiro, do Amazonas, da Europa e do Reino Unido, de Manaus e até de uma nova linhagem provavelmente originada no Brasil.
Conforme o professor doutor de fisiopatologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp), a variante que mais preocupa e a P.1. “As evidências científicas apontam que ela tem um maior poder de transmissão, e ela está parecendo ser um pouco mais agressiva. Isso pode caracterizar o que nós estamos observando na maior internação de grupos não vacinados, com idade menor do que 60 anos”, afirmou.
Ele explicou ainda sobre as consequência dessas variantes encontradas no DRS de Prudente foram encontradas seis variantes diferentes. “Essas variantes colaboram para que o vírus sofra mais mutações e, consequentemente, essas mutações vão predominar conforme vão deixando o vírus mais adaptado ao ambiente, ou seja, mutações que vão deixar o vírus, com uma maior capacidade de transmissão”, salientou o pesquisador.