Estado de SP retorna à fase vermelha da quarentena nesta segunda-feira; medida permanece em vigor até dia 19 de abril.
Fase emergencial, iniciada em 15 de março, termina neste domingo (11).
Mudança libera atividades presenciais nas escolas, funcionamento de alguns serviços considerados essenciais, e a retomada do Campeonato Paulista.
SP também antecipou a vacinação contra Covid de profissionais da educação para amanhã; idosos de 67 começam a ser imunizados na segunda.
Na prática, a mudança permite o retorno das atividades presenciais nas escolas das redes públicas e privadas, desde que autorizadas pelas prefeituras, além da abertura de alguns serviços essenciais que estavam vetados e de competições esportivas profissionais. (Veja lista completa abaixo).
O que muda:
- Escolas poderão receber alunos presencialmente desde que autorizadas pelas prefeituras; rede estadual retoma dia 14 de abril
- Competições esportivas profissionais, com o Campeonato Paulista de Futebol
- Serviços de retirada dos restaurantes e funcionamento de lojas de material de construção, embora já estivessem permitidos por meio de liminar judicial, agora passam a ser autorizados pela gestão estadual
O que permanece:
- Proibição de cultos religiosos presenciais.
- Recomendação de teletrabalho
- Recomendação do escalonamento de horários alternados para os setores de serviços, do comércio e da indústria.
- Toque de recolher das 20hs00 até as 5h
O governo aceitou os novos protocolos elaborados pelo Ministério Público Estadual e pela Federação Paulista de Futebol e liberou a retomada do Campeonato Paulista.
O funcionamento de bares, restaurantes, academias, salões de beleza, além de celebrações religiosas presenciais, seguem vetados.
Foi mantido, ainda, o toque de restrição das 20h às 5h. O cumprimento da restrição de circulação continua a ser fiscalizado por uma força-tarefa composta por integrantes das vigilâncias sanitárias, Polícia Militar e Procon.
A gestão estadual decidiu não prorrogar novamente a fase emergencial, em vigor desde o dia 15 de março. Quando anunciada, a medida deveria permanecer até o dia 30 de março, mas foi estendida até domingo (11).
Apesar do elevado número de casos e mortes – nesta quinta (8), São Paulo ultrapassou a marca de 80 mil mortes e registrou na terça (6) novo recorde de óbitos em 24 horas – a gestão de João Doria (PSDB) considerou ser possível flexibilizar e permitir o funcionamento de alguns setores considerados essenciais.
“Essa medida que foi tomada hoje pela manhã através do diálogo com o centro de contingência, com a equipe do secretariado e o governador João Doria, mostra claramente que a medida tomada na fase emergencial, o esforço feito nas últimas semanas, começa a dar resultados”, disse o vice-governador Rodrigo Garcia.
Volta às aulas na Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI) São Paulo, na Vila Clementino, na zona sul da cidade, que recebeu cerca de 52 alunos. — Foto: DEIVIDI CORREA/ESTADÃO CONTEÚDO
Escolas
Embora tenha mantido a educação como serviço essencial, e permitido o funcionamento com 35% da capacidade das escolas, a gestão estadual manteve a prioridade para o ensino remoto durante toda a fase emergencial.
Na rede estadual, o governo antecipou os recessos de abril e outubro para o período de 15 a 28 de março. Nas cidades que optaram pela antecipação de feriados municipais, as aulas voltaram de forma online no dia 5 de abril.
A partir do dia 14, entretanto, conforme anunciado nesta sexta (9), a rede estadual volta a receber alunos presencialmente.
Na capital paulista, a Prefeitura de São Paulo já havia anunciado que as escolas poderiam retomar as atividades presenciais a partir do dia 12 de abril caso a gestão estadual não prorrogasse novamente a fase emergencial.
O que pode funcionar na fase vermelha?
- Escolas e universidades
- Hospitais, clínicas, farmácias, dentistas e estabelecimentos de saúde animal (veterinários)
- Supermercados, hipermercados, açougues e padarias, lojas de suplemento, feiras livres
- Delivery e drive-thru para bares, lanchonetes e restaurantes: permitido serviços de entrega
- Cadeia de abastecimento e logística, produção agropecuária e agroindústria, transportadoras, armazéns, postos de combustíveis e lojas de materiais de construção
- Empresas de locação de veículos, oficinas de veículos, transporte público coletivo, táxis, aplicativos de transporte, serviços de entrega e estacionamentos
- Serviços de segurança pública e privada
- Construção civil e indústria
- Meios de comunicação, empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens
- Outros serviços: igrejas e estabelecimentos religiosos, lavanderias, serviços de limpeza, hotéis, manutenção e zeladoria, serviços bancários (incluindo lotéricas), serviços de call center, assistência técnica e bancas de jornais.
O que não pode funcionar na fase vermelha:
- Academias
- Igrejas e atividades religiosas
- Salões de beleza
- Cinemas
- Teatros
- Shoppings
- Lojas de rua
- Concessionárias
- Escritórios
- Parques
- Clubes
Fase emergencial
Na fase emergencial, em vigor de 15 de março a 11 de abril, foram suspensas celebrações religiosas e esportivas coletivas, e uso de praias e parques.
Alguns setores e serviços, que tinham autorização para funcionar durante a fase vermelha, também foram proibidos de operar, como lojas de materiais de construção e a retirada presencial de mercadorias e alimentos nas lojas.
Para as empresas foi determinado o home office para as atividades administrativas dos setores não essenciais, e o governo recomendou o escalonamento do início do expediente para diminuir aglomerações no transporte público.
De acordo com o governo, as medidas provocaram a remoção temporária de 4 milhões de pessoas de circulação nas cidades.