A Alemanha está preparando proibições de entrada para viajantes do Brasil, Reino Unido, Portugal e África do Sul para limitar a propagação das variantes mais contagiosas do coronavírus que atingem esses países, disse o ministro do Interior, Horst Seehofer, nesta quinta-feira.
— Para proteger nossa população, não deve haver entrada de regiões onde essas variantes do vírus são galopantes — explicou durante uma reunião virtual com seus colegas da União Europeia.
Ontem, Portugal, Peru e Colômbia anunciaram a suspensão de todos os voos comerciais ou privados de e para o Brasil. As medidas dos governos português e peruano valem até 14 de fevereiro, com a restrição de Lisboa entrando em vigor nesta sexta-feira e a de Lima no domingo. A de Bogotá teve efeito imediato, com duração de 30 dias.
A Bélgica já proibiu os residentes de tirar férias no exterior até março para combater a propagação das variantes mais infecciosas do vírus, mas outros membros da UE rejeitam medidas radicais, como proibições de entrada ou viagens.
Seehofer afirmou que a Alemanha seguirá em frente com seus planos mesmo que a UE como um todo não concorde com tais medidas.
— Não podemos esperar uma solução europeia que atenda às nossas expectativas tão cedo, por isso estamos preparando medidas nacionais — ele disse.
O transporte de mercadorias e suprimentos médicos não será afetado pelas restrições que estão em discussão em Berlim, de acordo com Seehofer.
Enquanto isso, a União Europeia cortou o Japão de sua lista de países de onde os viajantes podem visitar o bloco sem restrições relacionadas à Covid-19, como quarentenas ou testes obrigatórios. Após as mudanças, a lista será composta por apenas sete países: Austrália, China, Nova Zelândia, Ruanda, Cingapura, Coreia do Sul e Tailândia.
Apesar de a China estar na lista, viagens de lá só serão permitidas se as autoridades chinesas também permitirem a entrada de visitantes da UE. O requisito de reciprocidade não se aplica no caso dos outros países listados.
A lista também serve apenas como uma recomendação sobre regras de viagem. Cada país da UE pode definir suas próprias regras